10/07/2014 Produtos como algodão e luva cirúrgica sofrem com alta carga tributária / Clínica de Olhos Dr Luis Tadeu Ambros

Mais de R$ 840 bilhões é a quantidade de impostos pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano. Na área da saúde, com essa quantia - segundo dados do Impostômetro, poderíamos construir mais de 2.922.563 postos equipados. O especialista Cristiano Diehl Xavier, do Xavier Advogados alerta para o alto índice dos tributos nos produtos médicos e indica atenção da sociedade no que diz respeito ao dinheiro pago e o retorno obtido. “O artigo 196 da Constituição Federal Brasileira diz que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. É para isso que pagamos nossos impostos, para ter saúde. O que acontece é que alguns ainda pagam duas vezes, pois têm condições de contratar um plano privado. Mas e quem não tem?".

O Brasil é o 2º país que mais precisa trabalhar para pagar impostos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). “Além disso, os medicamentos sofrem uma pressão tributária quase irracional. Para termos uma ideia, o imposto sobre bichinho de pelúcia é menor do que em remédios, em que a carga tributária chega a 34%”, revela. Artigos como luva, máscara e seringa, itens utilizados em cirurgias, custam 30% a mais do que deveriam.

Outros produtos importantes no tratamento de qualquer emergência também levam uma carga tributária exagerada como o algodão (35%), a gaze (29%) e o soro (30%). Para os médicos a coisa também não está fácil, pois o preço do bisturi e o avental, por exemplo, podem custar 40% e 30% a mais. “Essas constatações geram indignação tanto na classe da saúde quanto na sociedade em geral. Se os brasileiros não tomarem as rédeas da história, nosso final pode estar bem longe do que sonhamos”, lamenta Xavier.


Autor: Redação 
Fonte: Enfato 

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